STF “DECIDE” O QUE JÁ ESTAVA DECIDIO HÁ 135 ANOS

“São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” (Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988, artigo 2º).

O Supremo Tribunal Federal acaba de decidir que o Brasil não tem um quarto poder, ou seja, o Brasil não possui Poder Moderador. Isso significa dizer que o STF acaba de concluir que as Forças Armadas não são um quarto poder e que elas não exercem o Poder Moderador. Na verdade, o Supremo não decidiu nada de novo. Desde 1889, quando foi proclamada a República, portanto há 135 anos, que o Brasil não possui mais Poder Moderador. E a existência de apenas três poderes políticos foi mantida em todas as Constituições republicanas, sejam elas de teor autocrático ou democrático. Assim, as Constituições de 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988 são claras em prever apenas três poderes políticos.

Na verdade, a “decisão” do Supremo acaba com a tese golpista dos zumbis fascistas-bolsonaristas de que o artigo 142 da Constituição daria às Forças Armadas um Poder Moderador para fazer uma intervenção militar (leia-se: golpe de Estado). Nas manifestações dos zumbis bolsonaristas, tanto nas ruas como no Congresso, os energúmenos fascistas levavam faixas e cartazes pedindo fechamento do Congresso e do Supremo, volta do AI-5 e intervenção militar, citando explicitamente o artigo 142, que sempre foi invocado pelos fascistas como um passaporte para um golpe.

Chama atenção que a decisão do Supremo foi unânime e até os juízes nomeados por Bolsonaro entenderam que não há Poder Moderador no Brasil. Mas isso qualquer criança do ensino fundamental sabe. Aliás, basta saber ler. É só olhar o artigo 2º da Constituição. Sem mais delongas…

Incrível! Fantástico! Extraordinário! O STF decidiu que só existem três poderes políticos e que não há Poder Moderador no Brasil. Chamem o Montesquieu e avisem a ele sobre a boa nova!

OLARIA – PARA ONDE FOI A PREMIAÇÃO DA COPA DO BRASIL?

O título deste artigo é uma pergunta recorrente de torcedores e associados do Olaria que, com muita legitimidade, querem saber o destino da premiação do Olaria Atlético Clube, paga pela CBF, pela participação do clube da Rua Bariri na Copa do Brasil de 2024. Em primeiro lugar, é necessário ressaltar que a atual diretoria teve o mérito de, após mais de 20 anos, recolocar o Olaria no cenário nacional do futebol brasileiro. E a participação inédita na Copa do Brasil, por si só, já era motivo de orgulho para a família olariense. Dentro de campo, enfrentando o São Bernardo, o Olaria jogou de igual para igual com um time da primeira divisão de São Paulo e foi derrotado por 1 a 0. Como se trata de uma competição eliminatória, o Olaria está fora da Copa do Brasil, aliás, mesmo destino de Cruzeiro e Coritiba, clubes de grande visibilidade nacional e que foram, tal como o clube bariri, eliminados na primeira fase.

A torcida e associados do Olaria fizeram uma grande festa na Rua Bariri no dia 28 de fevereiro, lotando as sociais e as arquibancadas para incentivar o azulão. Mas, infelizmente, em campo, a permanência na competição não veio. Restava, assim, saber quanto o Olaria receberia de premiação da CBF por ter participado da competição. E o Olaria recebeu, ou melhor, receberia, 740 mil reais. Ocorre que toda essa verba já estava comprometida, em razão de penhoras judiciais requisitadas deste o fim de 2023. Assim que foi confirmada a classificação do Olaria para a Copa do Brasil, no final de 2023, uma enxurrada de pedidos de penhoras foi mandada para a CBF, com o intuito de garantir os pagamentos de dívidas, quase todas trabalhistas, que já estão em execução há tempos, algumas com mais de 20 anos na Justiça. Nenhuma da atual administração.

A situação era tão grave que, ao todo, 26 penhoras do que o Olaria receberia foram feitas, sendo 25 trabalhistas e uma cível. E a dívida ia muito além dos 740 mil reais que o Olaria receberia. O critério utilizado pela CBF foi a ordem dos pedidos de penhora enviados. E, assim, sequer um centavo entrou para o clube. Os sócios e torcedores merecem saber e, como tivemos acesso à documentação, vamos divulgar o destino do dinheiro que o Olaria receberia por ter participado da Copa do Brasil. Não vamos divulgar os nomes dos beneficiários, até porque nosso objetivo não é retaliar ou expor ninguém e sim, tão somente, informar o destino da premiação da Copa do Brasil. E o destino foi o seguinte:

Ex- funcionário A: 15.557,79

Ex-funcionário B: 423.491,26

Ex-funcionário C: 17.563,96

Ex-funcionário D: 31.023,96

Ex-funcionário E: 16.896,70

Ex-funcionário F: 31.772,52

Ex-funcionário G: 50.632,69

Ex-funcionário H: 116.674,02

Ex-funcionário I: Esse ficou com o troco. Façam as contas!

Em relação ao “funcionário I”, que ficou com o “troco”, a dívida herdada pela atual diretoria é de inacreditáveis 551.878,54. Certamente esse beneficiário, que era o próximo da lista, deveria estar torcendo muito para o Olaria ganhar o jogo, e enfrentar o Corínthians para entrar o dinheiro que receberia do Olaria. Mas esse “compadre de outrora”, aliás bem conhecido, vai ter que esperar outra oportunidade. Enquanto isso, o Olaria vai resistindo e sobrevivendo. E nosso índio, chorando…

NOTA IMPORTANTE: Esta matéria não expressa a posição oficial do Olaria Atlético Clube. Trata-se apenas da opinião do autor e dono do blog, Pedro Paulo Vital.

ABIN PARALELA: COMO BEBIANO JÁ DIZIA…

Já se passaram quase quatro anos. Era o dia 2 de março de 2020 e o então ex-ministro de Bolsonaro, Gustavo Bebiano, dava uma entrevista bombástica no programa Roda Viva. Naquela ocasião, Bebiano revelou a existência de uma “ABIN paralela” do governo Bolsonaro e que um policial federal fazia parte dessa tal “ABIN paralela”. Na verdade, uma organização criminosa, realizando arapongagens e monitoramentos ilegais de adversários e desafetos políticos. E mais: na mesma entrevista Gustavo Bebiano revelou ainda que a tal “ABIN paralela” teria sido usada para proteger Flávio Bolsonaro dos inquéritos que respondia por desvio de dinheiro público. Doze dias após a entrevista, Gustavo Bebiano, para alívio da família Bolsonaro, veio a falecer e, com ele, foi-se um arquivo valiosíssimo

Passados quase quatro anos, a Polícia Federal expõe uma série de evidências que comprovam o que Bebiano disse em sua entrevista, em mais um escândalo que marcou o governo fascista de Bolsonaro. O chefe da ABIN à época, atual deputado federal bolsonarista Alexandre Ramagem, foi alvo de busca e apreensão por parte da Polícia Federal, que já tem uma série de provas de que cerca de 30 mil cidadãos brasileiros foram ilegalmente monitorados pela “ABIN paralela” de Bolsonaro, incluindo autoridades como ministros do STF e o então presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia.

A tal “ABIN paralela” foi, na prática, o que os fascistas sempre desejaram: a volta do SNI. Agora, Ramagem e sua turma, inclusive o seu chefe Bolsonaro, terão muito o que explicar à Justiça, à Polícia, à sociedade e às instituições políticas de um modo geral. Diversos parlamentares querem saber se foram monitorados, em uma sucessão de atos criminosos contra a democracia e o Estado de Direito. Bolsonaro nunca escondeu que possuía um serviço “particular” de informações que ele se gabava que funcionava. A confissão foi feita na fatídica reunião de 22 de abril de 2020, levada ao ar para todo o Brasil. Agora, cabe às instituições levar adiante todas as investigações e penalizar todos os envolvidos por mais esse escandaloso crime contra a democracia que Bolsonaro e seus comparsas praticaram. Tudo, quatro anos depois, se evidenciando como Bebiano já dizia…

MORO VAI PARA O SUPREMO… COMO RÉU!

Enfim o ex-juiz bolsonarista e parcial Sérgio Moro chegou ao Supremo Tribunal Federal. A “Terra plana” dos bolsonaristas realmente capota. Enquanto Cristiano Zanin e Flávio Dino tornaram-se ministros do STF, Sérgio Moro agora é réu na Suprema Corte e terá que acertar as contas referentes aos seus crimes quando era juiz parcial da 13a. Vara Federal. Agora, Moro terá que dar explicações sobre o acordo de delação premiada do ex-deputado Tony Garcia, que acusou o marreco de lhe passar “tarefas”, inclusive interceptações ilegais e criminosas de telefones de autoridades.

Evidentemente, pelo modus operandi de Moro quando juiz, juntamente com seus comparsas do Ministério Público, especialmente o cassado Dallagnol, a denúncia faz todo sentido. Até porque, depois que o The Intercept esgarçou e escancarou os crimes da dupla Moro-Dallagnol & Cia., é absolutamente crível que o agora senador bolsonarista tenha feito mais essa.

Mas a coisa não para por aí. A Justiça eleitoral do Paraná está prestes a julgar o pedido de cassação do mandato de Moro, pedido pelo Ministério Público Eleitoral, por abuso de poder econômico. Assim, o ex-juiz parcial bolsonarista poderá, além de ser condenado pelo Supremo, perder o seu mandato, assim como já aconteceu com o seu comparsa Deltan Dallagnol.

Como o próprio marreco já dizia, em seus tempos de xerife da finada “República de Curitiba”: “a lei é para todos!” E a tua hora já chegou marreco!

PRAÇA BELMONTE: A TRADIÇÃO NÃO SE DIVIDE!

Hoje, 13 de janeiro, segundo sábado do ano, foi dia de a tradição da Praça Belmonte, em Olaria, se reunir no exato local em que todos foram criados e fizeram história: a Praça Belmonte. O encontro anual, que reúne amigos eternos, não foi empanado pela chuva que caiu. Aliás, nem a chuva e nem o sol, que de vez em quando apareceu, foram capazes de afogar ou desidratar aquilo que se fortalece a cada ano: a amizade e a lealdade, sem preconceitos quaisquer que sejam, especialmente o etarismo. Até porque, o que seria da tradição, se não fossem nossos filhos, netos e sobrinhos? Por isso, a juventude, mesmo que seja desprezada por alguns cardeais, é ela que divulgará, perpetuará e se orgulhará da história que fizemos e, amanhã, essa mesma juventude estará em nossos lugares mantendo acesa a chama que alguns tentaram apagar por preconceitos.

Hoje, estiveram na Praça Belmonte o doutor Fernando, o Chico, o Osni, o Dema, o Teteu, o Anderson Jacaré, o Luiz Cabeça, o Ginho, o Coró, o César, o Chiquinho, a Maria Tereza, a Sandra (viúva do grande Betinho Tru), a Regina, a Leonor, o Robson, o Juninho, o Luizinho, o Janinho, o Dode, o Serginho, o Candinho, o Cláudio, a Simone (viúva do saudoso Vitor), o Marcelo, o Cláudio e esposa. A grande maioria dos personagens da tradição da Belmonte estava acompanha de filhos, netos, entre outros parentes.

Um dos pontos altos do encontro foi um mosaico de fotos que, literalmente, levou alguns amigos às lágrimas. O mosaico exibia imagens de encontros anteriores, mostrando alguns companheiros que já estão em outro plano. A emoção, evidentemente, não foi contida.

Foi uma festa da diversidade: homens, mulheres, idosos e jovens, torcedores de clubes diferentes e visões de mundo conflitantes. Mas em nenhum momento ocorreu qualquer detalhe que pudesse afastar o que a tradição e a amizade construíram e que, certamente, manterá a eterna Praça Belmonte sendo um palco de emoções de todas as gerações. Porque, se a tradição não se transmite, ela tende a ir para os arquivos mortos da história. Mas os heróis da resistência que hoje lá estiveram não permitirão que a Belmonte vá para o ocaso em um mundo em que a renovação é a luz da perpetuação das tradições. Porque imortais são aqueles que fazem a história sem dependerem de heróis. Até porque esses supostos heróis podem virar meros mitos…

Imagem acima: o mosaico com fotos de encontros anteriores foi um dos pontos altos da festa.

VIVA OS PROFESSORES! CADEIA PARA EDUARDO BOLSONARO!

Imagem acima: Eduardo Bolsonaro, em um evento de fascistas pró-armas, no momento em que disse que os professores são piores do que traficantes e sequestradores.

O ódio dos fascistas em geral e, em especial, da família Bolsonaro aos professores é incomensurável. E, dessa vez, passou dos limites, quando, criminosamente, o lixo chamado Eduardo Bolsonaro disse que professores são piores do que traficantes e sequestradores. A afirmação criminosa do deputado fascista filho do ex-presidente fascista aconteceu no último domingo, dia 9 de julho, em um evento de fascistas pró-armamentismo em Brasília. É de conhecimento geral o ódio que o bolsonarismo alimenta em relação aos professores e a comparação criminosa feita por Eduardo Bolsonaro não chega a surpreender. O governo criminoso de seu pai teve como alvo de ataques exatamente os professores, a educação, a cultura, a ciência e as universidades. Também não nos surpreende a declaração criminosa vindo de uma família que odeia Paulo Freire, o Patrono da Educação do Brasil, e exalta Carlos Alberto Ustra, um torturador e assassino.

Mas dessa vez o ódio foi longe demais e atingiu de forma virulenta a categoria que já foi tão massacrada pelo desgraçado governo de seu criminoso pai. A fala nauseante e criminosa de Eduardo Bolsonaro não pode ficar impune. Esse canalha deve perder o mandato, além de responder criminalmente pelo que vomitou contra os professores. Tudo isso, vindo de alguém que pertence a uma família que tem íntimas relações com milicianos, que empregou familiares de milicianos em seus gabinetes e que já posaram para fotos até com líderes nazistas e defensores da supremacia branca. É gente (se é que se pode chamar de gente) desse tipo que tanto odeia os professores.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e a Polícia Federal já foram acionados para que providências sejam tomadas em relação à fala criminosa e odiosa de Eduardo Bolsonaro contra os professores. Depois do que disse publicamente, a perda do mandato não é suficiente para punir esse vagabundo. Ele deve responder criminalmente por mais esse ataque inadmissível contra os professores.

E, para não deixar esse salafrário fascista sem resposta, aí vai a réplica para o vagabundo:

Pior do que traficante e sequestrador é você e tua família, que fazem “rachadinha”, que têm ligações com milicianos, exaltam torturador, defendem o AI-5, tramam golpe de Estado, atacam as instituições democráticas, destroem o meio ambiente, a ciência e as artes, roubam joias da Arábia, tiram fotos com nazistas e fomentam permanentemente o ódio.

Depois da declaração de Eduardo Bolsonaro, que representa o ápice do ódio contra os professores, qualquer professor que ainda defenda essa gente, está no mesmo esgoto desses canalhas e terá como destino, junto com essa quadrilha fascista, o lixo da história.

TODOS CONTRA O OLARIA!

Imagem acima: jogador do Resende pisa, criminosamente, no rosto do atleta Emerson do Olaria. O árbitro, que já havia expulsado o goleiro do Olaria, não expulsa o agressor do Resende. Vergonha!

O Olaria Atlético Clube completou 108 anos de existência. 108 anos de futebol. 108 anos de serviços ao esporte brasileiro. Mas esse lastro histórico, cultural e esportivo não vem sendo o suficiente para que o clube da Rua Bariri resgate o respeito que outrora teve na Federação que comanda o futebol do Rio de Janeiro. O trabalho que o Olaria vem realizando, tendo à frente o presidente Lenivaldo Gomes da Silva, é um trabalho hercúleo, sacrificante e honesto. O Olaria voltou a orgulhar seus torcedores. Isso, desde 2021, quando, ainda na terceira divisão, derrotou o time de escritório das ONGs e ascendeu à segundona. Mas no meio do caminho da segundona tinha o time da Wolksvagen, que joga em um estádio da Prefeitura e que ainda nem existia quando Garrincha vestia a camisa do Olaria. Eles mostraram ter prestígio e acabaram comendo o doce, ainda que intrusos, visto que o regulamento escalafobético da FERJ permite que, em um mesmo ano, o time rebaixado da primeira divisão dispute a segunda divisão. Jabuticaba do futebol do Rio de Janeiro ou, se quiserem, “piada de brasileiro para o seu Manoel contar em Portugal”.

Parece que esse ano, desgraçadamente, a coisa se repete. Primeiro, foi o pênalti inexistente marcado a favor do “time de escritório” de Maricá no jogo em Bangu. Depois, foi o “cai-cai” do time do fazendeiro em Saquarema, onde o goleiro brincou de fazer cera com uma arbitragem frouxa e conivente com o anti-jogo do time do “Barão de Saquarema”.

Logo em seguida veio o Resende, que não teve um jogador expulso mesmo depois de ter pisado, de forma proposital e criminosa, na cabeça do atleta olariense Emerson. Todos viram. Está filmado. Mas o salafrário que foi mandado para apitar na Rua Bariri deu apenas o amarelo ao agressor. Isso, depois de o goleiro do Olaria ter sido expulso pelo “rigor” da arbitragem.

Agora, foi a vez da fábrica de manilhas. Enquanto o time do Artsul abusava do “cai-cai” para paralisar o jogo, o árbitro, visivelmente conivente com o repugnante anti-jogo, nada fez. A cena mais ridícula e revoltante foi quando um atleta do time da fábrica de manilhas saiu de maca, simulando contusão. Assim que foi colocado fora de campo, o jogador “contundido” saiu em disparada para voltar ao jogo e o soprador de apito, imediatamente, autorizou o retorno ao jogo do impostor travestido de atleta. Foram, no mínio, 10 minutos de paralisação e o salafrário só deu 6 de acréscimo, para revolta dos olarienses.

Hoje o Olaria perdeu a liderança para o time do fazendeiro de Saquarema, aquele que solta cachorros em campo para esfriar a equipe adversária e o árbitro nada faz. E assim a história se repete. A história de 2022 se repete. A arbitragem que, sistematicamente, vem prejudicando o Olaria, se repete.

Não conseguimos entender o porquê de o Olaria trazer tanto incômodo a essa gente. Não adianta parabenizar, dizer que fez um ótimo trabalho, mas não respeitar o Olaria, patrimônio centenário do futebol do Rio. Árbitros sem critério, frouxos, coniventes e que, além de tudo, são blindados pela entidade que administra o nosso futebol. Esses “árbitros” possuem técnicos. O que esses “técnicos” ensinam ou o que esses “árbitros” aprendem? Parece que a resposta é: “prejudicar o Olaria”.

Estamos cansados. A legislação, que permite a participação de “times de escritório” e até de fazendeiros no campeonato, está aviltando a história do futebol quando não respeita o Olaria. O Olaria não quer benefício. Só quer respeito, o que é o mínimo. Quando vemos o time do fazendeiro e da fábrica de manilhas serem mais respeitados na Federação do que o Olaria, algo muito errado está acontecendo. Percebemos que a camisa azul e branca que Garrincha vestiu em 1972 e que Romário vestiu em 1979 vale, para essa gente, menos do que a fazenda e as manilhas.

Mas ainda temos muita força, a força de nosso trabalho, que é do bem. Ser Olaria é resistir, e nós vamos resistir enquanto pudermos a todas as agressões sofridas pelo pela instituição Olaria. Temos futebol, trabalho, seriedade e capacidade para derrotarmos todos os adversários e isso já foi provado em campo.

Pena que o presidente da Federação não esteja testemunhando “in loco” todas essas safadezas perpetradas contra o Olaria. Isso porque ele não vai a nenhum jogo da série A2, hoje a competição mais importante da entidade que preside. Se estivesse na Bariri, eu mesmo iria pessoalmente cobrar dele. Fica aqui o convite.

Nota: Este texto não representa a posição oficial do Olaria Atlético Clube. Trata-se, tão-somente, da opinião do autor.

CLÁUDIO CASTRO: BOLSONARISTA MENTIROSO!

O governador bolsonarista do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, mentiu descaradamente nas redes sociais e, pior, lamentavelmente grandes veículos da mídia corporativa compartilharam essa mentira. Declarou o governador bolsonarista no Twitter:

“Acabei de autorizar o pagamento do piso dos nossos educadores já na folha salarial de maio”.

Ocorre que a medida anunciada pelo governador bolsonarista só contempla uma parcela da categoria. A proposta de Cláudio Castro limita-se tão-somente a um reajuste de salário para os profissionais que estão abaixo do piso. Pela lei, o piso tem o valor de R$ 4.420,55. Uma parcela dos professores da ativa (cerca de 42%) e de inativos (cerca de 33%), recebem abaixo desse valor. Então, o que Cláudio Castro fez foi apenas reajustar os salários dos que recebem abaixo do piso para o valor definido na lei. Do modo como o governo estadual quer aplicar o piso, a maioria da categoria não seria contemplada. Isso porque, considerando-se os níveis e os triênios, que estão no Plano de Carreira da categoria, muitos profissionais recebem acima desse valor. Ocorre que o Plano de Carreira também é lei e é justamente essa conquista dos profissionais de Educação que Cláudio Castro quer detonar.

A tabela do piso, diferentemente da mentira expelida pelo governador, deve começar com o valor previsto na lei federal e, em seguida, aplicar os níveis e triênios, tal como a lei do Plano de Carreira estabelece.

Cláudio Castro está, sem dúvida nenhuma, brincando com os professores, achando que eles são imbecis. Ele também pretende confundir a opinião pública, em especial os alunos e pais de alunos e, nesse aspecto, os veículos da mídia corporativa, que são de grande alcance, serão fundamentais e demonstrarão quais as suas intenções: esclarecer a sociedade ou propagar a mentira do governador.

Hoje, em assembleia da categoria realizada no Clube Municipal, foi deliberado que a categoria entrará em greve a partir do dia 17 de maio, quarta-feira. É importante que a greve não seja deflagrada imediatamente para que, até o dia 17, tanto o sindicato que representa a categoria (SEPE), como também os profissionais, possam esclarecer alunos, pais e responsáveis sobre a mentira de Cláudio Castro. E também é fundamental que o SEPE divulgue, junto aos meios de comunicação, a verdade que Cláudio Castro quer esconder. Até porque, a lei do piso Nacional não revogou o Plano de Carreira dos profissionais de Educação. Muito simples: um direito não excluiu o outro.

Cláudio Castro demonstra o seu desprezo, desrespeito e deboche para com a Educação e seus profissionais e chega a mentir descaradamente. Criado na estufa fétida do bolsonarismo, Cláudio Castro já provou que é inimigo da Educação e seus profissionais. A greve será uma das respostas. As outras serão o apoio fundamental dos estudantes, responsáveis e da mídia. Aliás, o quarto poder, caso esteja do lado da Educação, basta propagar a verdade que Cláudio Castro, cinicamente, quer esconder da sociedade.

MAIS 250 GOLPISTAS BOLSONARISTAS VIRAM RÉUS

De nada adiantou os votos contrários dos ministros bolsonaristas do STF, Nunes Marques e André Mendonça, que não viram crimes nos atentados fascistas-bolsonaristas de 8 de janeiro. Por 8 votos a 2, o STF decidiu tornar mais 250 seguidores de Bolsonaro que participaram dos atos golpistas réus. Agora, esses bandidos a serviço do fascismo terão que se explicar e, certamente, serão punidos dentro dos rigores da lei. A cada dia vão aparecendo mais evidências da participação direta de Bolsonaro na tentativa fracassada do golpe fascista. Os capachos de Bolsonaro, agora por ele abandonados, e que já estão presos, certamente farão depoimentos que atingirão em cheio o genocida.

Com essa decisão do STF, agora já são 550 o número de golpistas bolsonaristas que viraram réus e que terão sobre si o peso da lei em defesa da democracia. Esses criminosos, que tanto alardearam por “moralidade” e “patriotismo” atacaram o coração da democracia brasileira. A sociedade, em sua grande maioria, espera a punição exemplar desses bandidos que participaram dos atos criminosos, mas também de seus incitadores e financiadores.

Que a Justiça brasileira seja pesada contra esses bandidos e que as punições sirvam de exemplo e atalho para mandar todos, inclusive o líder fascista, para a cadeia e, principalmente, para o esgoto da história, porque ali é o lugar desses vermes putrefatos agressores da democracia e do Estado Democrático de Direito.

BOLSONARO, AS JOIAS DAS ARÁBIAS E SEUS “MULAS”

Já se passaram mais de duas décadas. Foi em 1999, em uma entrevista à TV Bandeirantes que o então deputado federal Jair Bolsonaro disse com todas as letras: “eu sonego tudo o que for possível”. Talvez nem ele, quando confessou ao vivo esse crime, imaginasse onde poderia chegar. O escândalo dos presentes milionários que teriam sido dados pela monarquia árabe do príncipe esquartejador amigo de Bolsonaro escancara mais uma vez o esgoto fétido que é a família Bolsonaro: ligação com milicianos, rachadinhas, cheques da “Micheque” e por aí vai. Porém, o escândalo das joias das Arábias, já no ocaso do governo fascista, serve como exemplo para representar o que é o bolsonarismo. No episódio, além de os itens não terem sido declarados, mais uma vez Bolsonaro não perdeu a oportunidade de desmoralizar as Forças Armadas. É impressionante como militares se deixaram ser desmoralizados por Bolsonaro. Militares serviram de “mulas”, trazendo as joias suspeitas e tentando entrar com o tesouro de forma ilícita no Brasil. É vergonhoso como alguns militares se deixaram ser usados em um papel imundo como esse.

Foi muito importante a atuação independente dos funcionários da Receita Federal, que não se deixaram intimidar pelas pressões dos capangas de Bolsonaro, sejam travestidos de ministros ou trajando farda. As “carteiradas” dos capangas bolsonaristas não apenas não intimidaram os servidores como parece ter despertado ainda mais a atenção para a ilegalidade criminosa que ministros e militares tentaram consumar para beneficiar Bolsonaro. Em situações como essa é que podemos perceber o quão importante é a estabilidade dos servidores públicos, que não se intimidaram, trabalharam muito e que, não faz muito tempo, foram chamados de “parasitas” pelo então ministro-banqueiro de Bolsonaro que odeia empregadas domésticas e filhos de porteiros.

Hoje sabemos que Bolsonaro embolsou um estojo contendo itens avaliados em 400 mil. Mas o presente milionário das Arábias que seria enviado para a “Micheque”, avaliado em 16 milhões, não chegou ao seu destino: foi apreendido pela Receita Federal, pois o “mula” do Bolsonaro não quis declará-lo como patrimônio do Estado Brasileiro, muito menos pagar os impostos devidos. Quanto ao estojo surrupiado por Bolsonaro, a lei é clara e diz que todo e qualquer presente ofertado a chefes de Estado em cerimônias são patrimônio do Estado. Então, Bolsonaro se apropriou indevidamente do “presente”.

Na verdade, todo esse episódio tem ramificações pavorosas. Sabe-se que o governo Bolsonaro, pouco depois da viagem à Arábia, vendeu a preço de “banana podre” uma refinaria aos árabes. Isso, ao mesmo tempo em que o casal Bozo-Micheque recebia os presentes milionários, absolutamente incomum em qualquer situação de gentileza ou cordialidade entre governos. E não podemos esquecer a admiração que Bolsonaro nunca escondeu pelo príncipe árabe esquartejador.

Depois que todos os detalhes forem esclarecidos pela Polícia Federal, até porque o conjunto da obra está mais do que conhecido, certamente a melhor atitude do governo seria devolver os tais “presentes”. Basta, formal e oficialmente, fazer a entrega na Embaixada árabe. Nem é preciso ir ao encontro do príncipe assassino e esquartejador de jornalistas amigo de Bolsonaro.